por Molina, André
A
avidez em busca do conhecimento e do saber, às vezes nos leva,
inconteste, a perder o foco daquilo que nos propusemos aprender,
efetivamente. A sede do saber faz com que levemos a um segundo plano a
ementa constituída de determinada matéria, condicionando todos os demais
colegas a um aprendizado, naquele momento, de pouco teor e conteúdo
científico, devido a nossas interrupções e questionamentos, às vezes sem
grande valor.
É
certo e se tem o direito/dever de questionar as dúvidas com os
professores/mestres em sala de aula ( e não temos só este momento para
fazê-lo, uma vez que todo o corpo docente se dispõem a ajudar os
acadêmicos fora do horário de aula ), desde que sejam abrangentes ao
assunto em discussão. Caso contrário, ao abrir uma discussão de menor
valor ao aprendizado, cedemos espaço para debates e conversas paralelas e
o comprometemos, inconscientes, o tempo de aula ( que já é curto e
caro, diga-se de passagem ), bem como obrigamos os demais colegas de
sala a perder a atenção do assunto aplicado.
As
intervenções dos participantes devem ser saudáveis, sucedendo e
fornecendo esclarecimentos e base para um aprendizado coletivo de
qualidade e resultados extremamente satisfatórios.
“A sala
de aula deve ser um celeiro de dúvidas e, quando estas existirem, ela
não deve ser vista como um espaço material, mas, sim, como um instante
de construção sócio-intelectual. Dessa forma, desejo explicitar o fato
de que a faculdade necessita romper seus próprios limites físicos e se
fazer vida com a vida. Portanto, a sala de aula é um espaço para
investigação, para a busca de pistas que componham a construção do
saber, que é um dos valiosos papéis da dúvida e, também, uma instância
socializante, uma vez que nos permite estabelecer contato com uma imensa
diversidade de seres e formas pensantes que precisam ser ouvidas e,
conseqüentemente, respeitadas. É, ainda, um laboratório de formação e
informação intelectual, passando a ser uma via que nos possibilita
perceber outros caminhos.
E,
com isso, dizer que a aprendizagem exige uma mediação integrada, em que
o aprender se torne prazeroso à medida que se faça significativo."*
*Jorbson Bezerra
Molina, André
Nenhum comentário:
Postar um comentário